Alanis

A Alanis Morissette não o sabe, mas eu e ela temos uma relação de quase 20 anos.


"Jagged Little Pill" marcou os meus tempos de ensino superior e uma das paixões mais palermas, mas mais marcantes que tive (por alguém que tinha uma relação à prova de bala, de tal forma que ainda hoje estão juntas. adoptaram uma menina e vivem no sítio onde eu viria a ouvir tantas vezes o próximo álbum). A paixão era um caso perdido e a adolescente que eu era gostou daquela angst toda contida nas diversas músicas.



É para mim o melhor álbum da Alanis. Sei (ainda) de cor todas as canções e todas elas despertaram em mim emoções e ideias que cheguei a pôr por escrito. É a tal peça de ficção com cinquenta páginas em que nunca mais peguei e que jaz algures num disco usb. Foi ao som desssas músicas que conheci alguns dos meus melhores amigos (que ainda hoje o são) e foi ao som delas que me senti completamente livre, despreocupada. The world was my oyster. 



Foi um unplugged muito bem conseguido e está mais ou menos no mesmo plano que o SPIJ. Só não o consegue porque lhe falta "The couch" (que é uma das músicas mais significativas para mim). Era um álbum que ouvia para acalmar a energia no tempo em que the world was my oyster. 


2002... Este álbum passou-me um bocadito ao lado, porque fiz a melhor viagem da minha vida (até agora...) e estava prestes a apaixonar-me por aquela que habitou o meu coração durante mais tempo. "21 Things I Want in a Lover" é a melhor faixa do álbum. Ainda hoje é uma espécie de leitmotiv meu.


Este passou-me completamente ao lado. 
Ela cortou o cabelo muito curto, namorou com o Ryan Reynolds (tenho a certeza que estava a viver coisas muito interessantes, mas o álbum é um bocadito insípido), eu apaixonei-me "head over feet" e quem quer saber de "So called chaos" quando o mundo é tão lindo e há borboletas em todo o lado? 
Salvou-se no entanto a faixa "everything" que é uma das minhas canções preferidas. Everything é das coisas mais bonitas que eu já ouvi e passa muitas vezes no meu pc e mp3. É a minha cara. 


Mas como na vida tudo é transitório, até a vida em si própria, a relação com o Reynolds acabou. A minha também, em 2008, e "not as we" mais "torch" ajudaram-me a pintar aquela figura de quem lambe vagarosamente as feridas de um coração partido. Porém, "incomplete" é a minha faixa preferida. É a última faixa do álbum e encerra muito bem aquilo que uma mulher sente no início dos trintas, consciente de um certo percurso espíritual.


Havoc and bright lights. Qualquer coisa como "devastação e barulho de luzes".
Fresquinho. Tão fresquinho que ainda nem saiu, mas eu já o ouvi. Abençoada seja a net. :)
Eu não tenho de falar sobre este, pois não? hehehehe Bom... a capa é lindíssima... não é?
A Alanis casou-se com um rapper, foi mãe e entre as fraldas e a amamentação escreveu três dezenas de canções, mas só doze constam no álbum. A mais orelhuda é "guardian" e é a minha preferida, embora haja mais duas que também ficam no ouvido.
Num ano em que muitas coisas vão acontecendo, ainda tenho quatro meses e duas semanas para colocar definitivamente 2012 como um pico genial na história na minha vida. :)


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