10 razões para não nos apaixonarmos

Se por acaso andam à procura de razões para não cair no turbilhão de emoções e químicos à solta no cérebro, mais conhecido por paixão, look no further. Têm-nas aqui e aqui.

Anatomia da descompressão

 
 Já vi o primeiro episódio da temporada 9 da Anatomia de Grey, uma das séries que mais me entretém na última década, e é quase uma hora de tristeza pura. Está tudo desorientado e a única personagem minimamente divertida é a Miranda. É ela que protagoniza o único momento leve do episódio.

Mas se o episódio não tem grandes momentos de descompressão, o episódio em si, tal como muitos outros, foi o meu momento de descompressão da semana. É que, às vezes, uma pessoa esquece-se que chorar também faz falta.



sleepy... not really

E a frase da semana pertence ao Eduardo Sá.
No regresso a casa,  ouvi-o dizer que 
os adultos também precisam de alguém que lhes guarde o sono.
É exatamente o que tenho sentido.



lambreta




Vem dar uma voltinha na minha lambreta
Eu juro que guio devagarinho
Tu só tens de estar juntinho
Por razões de segurança

Bird girl





I've been searching 
For my wings some time 
I'm gonna be born 

 Into soon the sky

 

O mamão lava a outra


 



Fonte

outono

Eu tenho escolhas musicais marcadamente para cada uma das estações.
E gosto tanto do outono como da minha playlist pessoal para esta altura do ano, de cores e aromas tão intensos, sem aquela luz toda, que se foi embora com o verão, a entrar-me pela retina.
O Antony faz parte dos sons destes últimos meses até ao natal, em que as folhas caem, mas o Universo me convida a elevar-me. 




lol



Estou preocupada

com a crise e tenho de falar com o Passos Coelho. Preço dos combustíveis, impostos, perda de dois ou três salários?!
Não é por causa disso!
Eu tenho de lhe dizer para ele endireitar o país ASAP porque uma boa parte das mulheres giras, interessantes e inteligentes estão a abandonar o país!
E se eu continuar solteira em 2013 (o que é mais do que provável, tendo em conta os últimos desenvolvimentos de um assunto já mencionado no blogue), as minhas probabilidades de deixar de o ser diminuem a olhos vistos.
E é por estes motivos que vou à próxima manif. É um motivo tão bom como outro qualquer, não?

Terapia infalível

O mundo está cheio de palavras.
E eu venho aqui acrescentar mais umas quantas, não é? Mas é por um bom motivo. :)
Nos últimos 4 anos, descobri algo que me sossega o espírito. Algo que tem um efeito muito mais eficaz do que um xanax. Algo que não requer outra pessoa senão eu própria e que produz efeitos em poucos minutos.
Antes que as vossas mentes se afastem do que vou dizer e para que não tenham de gastar os vossos euros no livro de auto-ajuda que vou escrever (?), eu desvendo o mistério.

Escrever.

Quando estou aborrecida, seja comigo, seja com outra pessoa.
E mesmo que a emoção seja outra que não a frustração.
Pode ser alegria.
Saudade.
Amor.
You name it.

Vocês sabem do que falo. Quando a nossa mente desenrola um diálogo interno infindável, para trás, para a frente, e não se vai a lado algum.
Eu costumo ser relativamente indulgente comigo. Tenho de ser a melhor amiga da minha mente e se ela quer falar-me, pois que fale.
Desabafar com um amigo, também é bom, mas não é a mesma coisa. A não ser que ele seja o alvo desse diálogo interno. Nesse caso, é melhor organizar as emoções antes de verbalizar. Nesse caso e também noutro.

Pegar numa folha de papel (que é como quem diz abrir o "word") e escrever para a pessoa com quem estou a falar dentro dos confins da minha mente é incrivelmente libertador. Não é preciso enviar o texto. Se acharmos que vale a pena, podemos fazê-lo, mas não é esse o objetivo.

Escrever apenas. Sem filtro.

Depois guardo o texto (quase sempre esquecido no disco rígido).
E se passado um tempo me chega a mesma emoção, lembro-me: "Eu já tive esta conversa". E ninguém gosta de ouvir duas vezes o que entendeu à primeira. De repente, o cérebro lembra-se "ah, sim, já entendi essa parte. Moving on." (O meu cérebro fala por vezes em inglês, coisas lá dele.)

Por isso escrevo, porque a escrever eu entendo-me.


Em apenas uma semana

duas amigas desatam a chorar ao telefone. E palavra de honra que não foi de nada que eu disse, porque geralmente as minhas palermices dão mais para rir do que para chorar (pelo menos é nesse sentido que eu me esforço). 
A impotência de não poder dar um abraço pelo telefone...

Temos de mudar o estado das coisas, antes que isto dê cabo de nós.

Aparentemente

gosto de falar e de contar as minhas histórias. Mas o que mais desejo é ter alguém a meu lado com quem esteja em silêncio.

Sábado


Esta é a foto mais bonita da manif. Verdadeiramente comovente.




Uma dose tremenda de energia

é algo extremamente necessário para recomeçar a trabalhar depois de umas semanas entre árvores e esquecimentos. E pedras e fontes de água fresca. Prevejo que daqui a duas semanas isto já tenha atingido a velocidade cruzeiro.
Pontos positivos:
- Não me lembro de estar tão concentrada e ao mesmo tempo descontraída no mês de setembro. Passei o ano anterior a testar os meus limites profissionais, verificando que não eram assim tão definitivos e amovíveis como isso. 
- Esta semana recomeça a meditação budista em conjunto e já vou sentindo falta disso.
- Afeiçoei-me a outro passatempo de que hei-de falar.
- Sinto-me mais próxima que nunca dos meus amigos.

E ainda assim, algo que vou ter de driblar no dia-a-dia:
- a A. é casada e tem duas filhas adolescentes. Casou nova com um gnr, cujo estilo de vestuário ela partilha, e gaba-se que em casa dela fala-se muito pouco, pois ela e o marido não precisam de palavras para se entenderem. Ela confidenciou-me que toma uma dose jeitosa de Effexor, um antidepressivo potente cujo desmame é bastante complicado, e que está a contar tomá-lo para o resto da vida. O marido está na mesma senda. 
Para além dos turnos que desencontram rotinas familiares, ele anda sempre absorvido com pequenos projetos que o põem fora de casa e ela faz noitadas de trabalho. As filhas vão-se safando como podem. Uma é meio introvertida e pouco social (o patinho feio da família, de acordo com a pequena) e a outra desatou a fazer birras de manhã para não ir à escola. 
A A. tem uma grande paixoneta por mim e não sei se ela já se apercebeu disso. Não perde uma oportunidade para trabalhar comigo, almoçar comigo, olhar-me durante um período de tempo socialmente desconfortável para duas colegas de trabalho e sobretudo tocar-me. Quer dizer... eu sou uma fã dos meus fãs. Tenho isso por princípio e gosto de quem gosta de mim. Porém, é certo e sabido que ao almoço ela é a única a falar (vá... é mais a gritar...), seja para explicar o lado mais divertido de ter uma família, seja para desabafar com um tom irritado sobre as mais variadas coisas. Ela irrita-se facilmente. Até é uma pessoa de bom coração e interessante. Partilhamos a paixão pelos livros e leituras. E é nítido que ela tem uma dose de adrenalina quando estou ao pé dela.
Mas há uma parte de mim que não tem paciência absolutamente nenhuma para pessoas que escolheram o lado mais conveniente da vida, que decidiram pintar o quadro familiar e socialmente perfeito, quando o seu desejo as empurra para outro lado. 
É verdade que regresso todos os dias para uma casa vazia, onde não habita nenhuma relação, nem sequer uma vagamente confortável. Não tenho a alegria de ver a minha prole a crescer. Ambas por decisão e fruto dos acasos da vida. Tenho outras alegrias, é certo. Tiro prazer da vida de outras formas. Mas em todo o caso dentro do meu coração sinto-me perfeitamente livre para amar quem eu entender. E isso é completamente impagável.