A minha máquina avariou-se e não tenho sentido vontade (ou necessidade) de a substituir.
Sim, o telemóvel também tem uma câmara bastante razoável que até fixa o momento relativamente bem.
Tenho no entanto a sensação que este é o momento em que nada de relevante possa ser capturado.
É certo que tenho andado por aí, para norte e para sul, entre o campo e a cidade, todos os fins-de-semana sem exceção. Que me levanto antes do sol nascer para andar por aí. Que até redescobri o prazer de conduzir sozinha e até à noite.
Espero não ter que fazer um reflexão daqui a um ano ou dois e lamentar esta escolha. Ou então não. Talvez até venha a descobrir com mais veemência que este tempo não foi nada mais nada menos do que sublime. Mas em todo o caso não sei. Às vezes, o futuro parece uma viagem (pode ser de comboio, que eu gosto de comboios) para a qual não sabemos se temos bilhete.
A verdade é que não sabemos absolutamente nada acerca do futuro.
“I want to be able to be alone, to find it nourishing - not just a waiting.”
― Susan Sontag, Reborn: Journals and Notebooks, 1947-1963
" Susan Sontag offers enough food for thought to satisfy the most intellectual of appetites" The Times
ResponderEliminarquite true.
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