#1
Estou a sentir-me apertadinha :D
#2
Ser "shopinha de massha" pode ser uma coisa adorável :D
Quase um mês depois
Como hoje comecei uma nova fase da minha vida (comecei uma correção ortodôntica) e mal consigo falar, pelo menos escrever acho que ainda consigo, apesar de não ter escrito grande coisa nas últimas semanas.
Foi tudo muito sentido por dentro, todas as emoções vividas ao rubro, mas não me apeteceu colocar nada no papel.
Desenhei mais do que escrevi. Descobri um hobby novo. Acho que vou começar a rabiscar e, apesar de não ter grande jeito, é como em tudo na vida: é preciso é convicção. :)
Londres foi para lá de bom! E eu a pensar que Paris era uma cidade bonita e charmosa... Paris é uma mulher díficil de conquistar, mas Londres é uma cidade em que a partir do momento em que pomos o pé nas suas ruas nos sentimos parte dela. Não se faz de esquisita e tem sentido de humor.
Senti-me tão à vontade em Londres e devia estar com um ar tão londoner que me perguntaram por direções três vezes.
Neste momento, é a minha cidade preferida e vou voltar com toda a certeza, até porque fazer compras em Camden é do melhor. :) Encontrei umas japa malas por uma pechincha e comprei duas malas lindas de morrer. E uns lenços, e mais umas coisinhas giras. :)
Tate Modern: incontornável! A National Gallery tem uma coleção impressionante e ver os Van Goghs ao vivo é sempre uma emoção, mas a Tate Modern sacia os meus desejos por arte conceptual.
A cidade toda no seu conjunto é uma maravilha de organização e civilização. Ainda dei por mim a pensar "como é que eu posso vir morar para aqui?".
Além do mais, passar do Hyde Park para o parque cá da minha pequena cidade não tem piada nenhuma.
Este verão foi de mais de cidades do que o normal.
Fui à cidade berço do país, que vergonhosamente não conhecia e que me encantou. Guimarães é cheia de pinta.
Antes disso passei pela cidade portuguesa onde tenho mais amigos por metro quadrado e que infelizmente fica a 180 quilómetros. Valha-me o IP3.
E ainda fui dar um pulinho a Bruxelas, com passagem pela Torre Eiffel. Sim... a banda sonora da Amélie Poulain estava a tocar na minha cabeça.
A propósito de distâncias, isto da crise tem de acabar de vez.
Por causa das reduções dos salários? Por este ano eu ter de gastar mais 50 euros por mês para me deslocar para o trabalho? Por causa do desemprego e da fome e pobreza que se instalou lamentavelmente na casa de muitas pessoas? Por causa disso e de tudo mais. Mas porque isto de ter uma das pessoas mais importantes para mim, de quem mais gosto e preciso (lá se vai o meu "desapego budista"...) a 2000 quilómetros não é nada fácil.
Enfim... Agora vou ali aprender a articular alguns dos sons do alfabeto porque estou um bocado sopinha de massa. Mas a Laranja tem os dentes tortos? Tem, mesmo não sendo um caso de fealdade extrema, porque estou cada vez mais jeitosa e nunca me senti tão bem na minha pele como agora, foi uma coisa que decidi: chegar aos 40 anos com um sorriso ainda mais bonito, já que eu adoro sorrir e faço-o com muita frequência.
Portanto, um sorriso rasgado para vocês. :D
Gosto de roadtrips e já fiz mais de quarenta mil quilómetros a viajar pela estrada fora, pela Europa. Desde os 23 anos que o faço e continuo a adorar aquela sensação de entrar numa estação de serviço de madrugada ou de manhã cedo a pensar que língua é que tenho de falar com a pessoa que tenho pela frente. É qualquer coisa que me faz feliz.
O sítio mais distante: Budapeste. Viagem memorável, by the way. :)
O sítio mais bonito: Paris.
Andar de comboio é qualquer coisa de extraordinário. A cadência, as sensações todas da ferrovia a inércia das curvas, os sons. Como eu entendo o Paul Theroux que cruzou uma boa parte do mundo de comboio e fez-nos o favor de escrever sobre isso.
Mas o avião... Prefiro o comboio, é certo, mas o avião fascina-me. A descolagem, a aterragem, as curvas no ar! Quando as rotações começam a aumentar, há quem se benza, há quem pegue num amuleto, há quem pense em mil coisas. Eu costumo dizer: entreguem-se às sensações. Às vezes é o melhor que temos a fazer. :)
rise and shine
Eu gosto muito de manhãs. Até sou uma morning person. Acordo bem disposta e só preciso de uns segundos para ficar com os sistemas do bom humor completamente operacionais.
Do que eu não gosto é de acordar de manhã com aquela sensação de quem se despede da cama cedo demais. Por mim, eu desenhava o ritmo cicardiano de outra maneira e dormia menos, mas, infelizmente, sem oito horas de sono eu fico assim como uma carroça desengonçada que um vizinho meu lá da aldeia tinha.
Do que eu não gosto é de acordar de manhã com aquela sensação de quem se despede da cama cedo demais. Por mim, eu desenhava o ritmo cicardiano de outra maneira e dormia menos, mas, infelizmente, sem oito horas de sono eu fico assim como uma carroça desengonçada que um vizinho meu lá da aldeia tinha.
Se já me deixei do horário nova iorquino? Pois teve de ser. Agora estou em modo GMT.
Contudo, em tempo de férias não me importo de pôr o despertador. Há qualquer coisa de especial na luz das manhãs de férias e se durante um ano inteiro andei a acordar ao som desta, acho que nos próximos dias vai fazer ainda mais sentido. Let's roll!
oneness
The
prevalent sensation of oneself as a separate ego enclosed in a bag of
skin is a hallucination (...).
Alan Watts
Alan Watts
às vezes curto, às vezes demasiado longo
Oh heaven, oh heaven, I wake with good intentions,
But the day... it always lasts too long
Then I’m gone
do feminino e afins
Quem lê o que eu escrevo por aqui já reparou que eu sou lésbica, uma lésbica que gosta de mulheres.
Mas espera aí? Isso não é suposto ser assim?
Não... O género feminino tem toda uma paleta colorida, que vai desde a mulher com muito pêlo na venta mais masculina do que o meu pai até à princesa da ervilha. E todas elas gostam de mulheres. Mas nem sempre daquelas a que eu me estou a referir.
Porém, isso dava umas quantas linhas, linhas essas que eu ainda estou a burilar na minha mente: o que é ser mulher?
Tendo em conta que, desde que eu ando neste mundo, o nosso planeta só deu 36 voltas ao sol, eu própria ainda ando a descobrir isso.
Talvez isso contribua para a minha felicidade, talvez não.
Mas o que contribui mesmo para a minha felicidade é saber como gosto de ser tratada pelos outros.
E isto é saber de experiência feito. Portanto, em jeito de resumo da matéria dada (pensavam que eu tinha deixado de férias os tiques de professora...)
Duas formas absolutamente irritantes de tratamento com que o género feminino me pode presentear:
#1 Ela sempre é um gentleman, faz uma espécie de vénia (como se fosse um cavalheiro do século XIX), acha que percebe tudo de vinhos, de fotografia, que sabe sempre o caminho e age como um homem mesmo não o sendo, tirando aquela parte do segurar a cintura com firmeza (que só os homens conseguem graças à sua musculatura, benza-a Deus). Senhores, se eu quisesse namorar com um homem, namorava, que pretendentes não faltam e a curiosidade já foi menor.
#2 Ela é uma princesa. Pode até ter quase 50 anos, mas é uma princesa. Faz pouco mais do que existir, sorrir e ser gira e agora o mundo que rode todo à sua volta, que a entretenha, que a passeie, que a faça rir, que a leve a muitos sítios giros e que lhe conte muitas histórias engraçadas. São doces, é certo, e sensíveis e meiguinhas e egoístas, mas não tarda estão a tratar-me como se eu fosse um homem e como tenho muito pouco jeito para tal coisa, tenho de sair de cena.
A sabedoria popular tem toda a razão em dizer que no meio é que está a virtude (mesmo não sabendo o povo que a sabedoria dele se aplica a um caso como este, coisa que deixaria o povo intrigado e perplexo).
Perplexa fico eu... Como é que nos encontros e desencontros desta vida ainda não me cruzei com o tal ponto mediano entre o yin e o yang.
Alguém que goste de ouvir histórias, mas também as tenha para contar.
Alguém que vá aos meus sítios giros, mas que também me leve aos seus e que descubra novos comigo.
Alguém que se ria das minhas palermices, mas que também me faça rir com as suas.
Alguém que escolha o vinho e o caminho comigo.
E claro... podemos simplesmente existir, sorrir e ser giras juntas. :)
Entretanto...
Entretanto... estou com imensos planos para estas cinco semanas de férias.
Hoje fiz uma coisa absolutamente life changing e há muito adiada. A seu tempo falarei dela.
Tinha sabor a baunilha. É o que posso adiantar por agora.
Tinha sabor a baunilha. É o que posso adiantar por agora.
Uns planos comigo, outros com a minha casa, uns com um jardim, com amigos, a Feira de São Mateus (que se eu não for lá comer duas farturas nem o verão me sabe a verão), montanhas, trilhos...
Entre eles.... London, baby! Yeah! :) Já era tempo.
dos prazeres e das catástrofes
Escondermo-nos é um prazer, mas não sermos encontrados é uma catástrofe.
de barriga cheia
Lazarillo de Tormes era um fidalgo, mas um figaldo esfaimado que se passeava de palito nos dentes para dar a ideia de que tinha acabado de comer uma lauta refeição.
Para se enganar a si? Aos outros? Ao universo?
Às vezes a todos ao mesmo tempo.
Para se enganar a si? Aos outros? Ao universo?
Às vezes a todos ao mesmo tempo.
Féééérias, hein! :)
Depois de resmas de relatórios, exames corrigidos, horas seguidas de reuniões, fins de semana seguidos em clausura domiciliária eis que chegam as férias. E quando elas chegam a primeira coisa que faço é acertar o meu relógio interno com o horário nova iorquino.
As pessoas dizem-me "ui deitas-te tão tarde..." "ai não aproveitas as manhãs..."
Nada disso. Nesta altura em Portugal são 17:30, mas para mim é meio-dia e meio e vou fazer o almoço.
Daqui a nada, volto à hora tuga, para acertar os tempos de convívio com os portugueses, senão só os via lá para setembro e muita coisa pode acontecer num mês. Pelo menos é essa a minha expetativa.
Reparo que o Facebook está ainda mais moribundo do que no ano passado e há menos fotos de pezinhos na areia e de quartinhos de hotel com vista para a água. O que vem reforçar a ideia de que a melhor rede social é uma mesa com pessoas à volta e que estamos a perder a vontade de contar ao teclado o melhor que nos acontece na vida.
sorte e afins
Sorte é descobrir que deixei aberta a janela direita do carro durante 36 horas e que os óculos de sol DG e a máquina fotográfica mais o tripé se encontravam no interior da viatura, junto da qual passam as mais variadas pessoas, incluindo umas pessoas que me costumam pedir moedas e que provavelmente não estranhariam ser possuidoras de um óculos DG novos.
Entretanto, na fila do pão um velhote (velhote é com meiguice, eu também hei de ser velhota, se tudo me correr bem) enceta esta conversa à qual eu dou o seguimento mínimo da boa disposição e educação, quando me vê a inpecionar as moedas que trago (sim, o meu porta-moedas parede o de um arrumador de carrros):
Velhote - Ó menina, não me pague o pão...
Eu - Enquanto houver pão e trocos...
Velhote - Não me ligue. A minha mulher havia logo de dizer "Ele é um malandro, fala muito mas já não faz nada". Já tenho 80 anos.
Eu - Mas olhe que está muito bem.
Velhote - Feitinhos no dia 29 de abril.
Eu - E que faça muitos mais com saúde.
...
Menina da caixa - São 69 cêntimos.
Velhote - Sessenta e nove, hein?
Eu - É um bom preço.
a não desistir desde 1998
Em dia de greve, em que muito mal ouvi falar dos professores em geral e em abstrato, conforta-me o espírito esta mensagem de um aluno meu, deixada na ficha de autoavaliação, que no início do ano andava por volta dos 30% e agora chegou aos 60. Não vai ser meu aluno, mas prometeu-me que, no próximo ano, vai lutar pelo nível 4 e que vai continuar a ler muito, porque já descobriu o tipo de livros que ele gosta.
E sim. Fiz greve.
Namasté
Há muito tempo que não recebia Reiki. Desde o século passado.
No sábado, calhou participar num evento zen, com vários participantes, entre eles voluntários da Associação Nacional de Reiki que estavam ali para proporcionar uma sessão a quem desejasse.
Nem hesitei, porque apesar de não fazer Reiki com frequência, conheço bem os efeitos magníficos da terapia.
Entrei, deitei-me e no fim pensei que a minha facilitadora de Reiki me fosse dizer que tinha os chacras muito desalinhados, a energia desequilibrada e mais não sei o quê.
Pelo contrário, disse-me ela que tinha sentido as minhas energias muito harmonizadas e que até tinha recebido coisas muito boas durante a sessão. (É natural... Eu fui fazendo Tonglen.)
À saída, dei-lhe um abraço, um gassho e saí dali a sorrir imenso, com aquela noção nítida que fazer parte dos momentos felizes das outras pessoas é das melhores coisas na vida.
dar a mão, às vezes as duas até
Depois do post anterior, resta-me dizer que a minha pessoa preferida do universo é um homem: o meu mano.
Ele é a minha pessoa.
A nossa cumplicidade, a forma como ele me ampara, protege e ajuda é absolutamente extraordinária. Comovente.
Ele é a minha pessoa.
A nossa cumplicidade, a forma como ele me ampara, protege e ajuda é absolutamente extraordinária. Comovente.
Counting blessings (?)
Para mim, o copo está quase sempre meio cheio.
Não está frio, está frescote.
Pode estar a chover, mas tenho tecto.
Não dormi tudo, mas tenho uma cama.
E por aí fora.
Mas a sério... Em três semanas, 3 das pessoas mais importantes para mim deixarem-me assim a modos que desamparada é coisa para me deixar mesmo, mas mesmo triste.
Tenho de parar com este padrão existencial de amparar os outros em momentos difíceis das suas vidas, de ser a animadora cultural, a psicóloga gratuita em horas que se fazem livres por eles, aquela que os faz rir quando só lhes apetece chorar, para depois eles passarem à frente, refeitos e energizados, esquecidos de mim.
E mais do que a tristeza do desapontamento, é a questão por responder: "O que fazer com essas pessoas na minha vida?"
Não sei responder a isto.
Post para o meu amigo Gajo :)
Para veres que há pés bonitos. :)
Lavadinhos, com as unhas cortadinhas (de preferência sem verniz - keep it simple).
Como é que a Meg Ryan
sendo uma mulher baixa pode ter umas mãos tão grandes?
Mas aqueles caracóis no filme "A cidade dos anjos" são adoráveis. :)
Mas aqueles caracóis no filme "A cidade dos anjos" são adoráveis. :)
Aquela história
de alguém achar que conhecermos a nossa cara-metade numa fila de supermercado é porque nunca faz as compras ao sábado de manhã, em que todas as donas de casa (bem-hajam, a sério) se abastecem com carrinhos de compras que custam empurrar, vestidas com a primeira coisa que apanharam ao despir o pijama (ou camisa de noite, para quem preferir) e sem tempo para pentes e escovas.
Ainda assim, eu faço compras em diferentes horas e dias da semana e aquela teoria não me parece viável de todo.
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