Por aqui já se pensa em férias

Ah! Paris...
Hein? Voltar a Londres? Passado apenas um ano?
Claro! Há lá melhor cidade no mundo!
Ou então começar a explorar mais a oriente.



My new best friend :)

É tão fooooooofo! :D

Baaammmm!

Eu tenho andado por ali noutros lados do universo.
Sou uma mulher de letras, é certo, mas a ciência fascina-me, sobretudo a cosmologia. E para nunca perder a perspectiva da "big picture" gosto de ler sobre a formação do universo.
Pois que no princípio, não era o verbo, até porque começar uma frase com um verbo deixa o sujeito apenas subentendido e nesta coisa dos sujeitos convém estar tudo às claras.
No "mais ou menos princípio" eram as partículas elementares e muita radiação. Mas mesmo muita radiação! 

No que gosto mesmo de pensar é que o Big Bang não foi uma coisa que aconteceu e pronto. Está feito, não se fala mais nisso, a não ser no CERN. 
O Big Bang ainda está a acontecer e cada um de nós é o Big Bang a acontecer.
Agora se olharem para aquele gajo do trabalho que está sempre a chatear-vos a cabeça como se ele fosse o Big Bang a acontecer, isto tudo muda de perspectiva, não?

Palavra de honra que é o que tenho tentado fazer nestas semanas: ver os pessoas e os acontecimentos como uma expressão natural do universo.

Uma das coisas que mais me espantou aprender foi o seguinte: há muito mais espaço livre do que possamos pensar. No átomo, entre núcleos e as outras partículas, há imenso espaço.
Portanto, é uma boa notícia: há bué espaço livre. Cerca de 70% do universo é composto por ele.
Por isso, é-me difícil perceber porque é que os japoneses são capazes de viver em 10 metros quadrados de casa. Coisas que uma pessoa vê no youtube...

Entre esse espaço livre, há os eletrões que se mexem muito e nunca se sabe para onde vão a seguir.E isso é uma das coisas que mais intriga o pessoal da física quântica. Se conseguimos prever o comportamento de uma maçã em movimento, porque é que não conseguimos prever para onde vai o eletrão?

Neste momento, temos eletrões a saltirar de formas imprevisíveis em nós. E assim o universo joga às escondidas. E nós também.

Agora há eletrão, a seguir não está lá.
Agora há silêncio e a seguir som. (A música existe porque o silêncio também existe, reparem.)
Num momento há tristeza e noutro alegria.
Num momento estamos com alguém de quem gostamos muito, depois a pessoa vai embora. 

Ritmo. O Universo é ritmo diversificado. Se fosse tudo sempre da mesma maneira, não havia necessidade de espaço e tempo. Se fosse tudo do mesmo modo, o universo era o continuum de uma mesma nota musical, sem oscilações nem interrupções, a ser tocada ad nauseam. Nem sequer existiríamos e mesmo que existíssemos (cientificamente impossível, porque somos resultado dessas assimetrias de espaço-tempo) morreríamos de tédio.
 




Her

Este filme é de loucos! :) Mas bom.
É mais uma cena conceptual que reflete sobre a forma como nos relacionamos nos dias que correm.






Do dia de São Valentim

Falava eu com uma conhecida que me dizia "ah... é tão triste passar-se o dia 14 e não ter ninguém especial com quem celebrar..."

A questão é mais simples do que parece. Era a mesma coisa que ela dizer "ah... gostava tanto de ir a uma reunião da Tupperware..."
Menina, o que é preciso é investir. Compras as traquitanas todas e vais às reuniões a que te apetecer.

Se fosse um homem com menos de 50 anos a dizer-me isto, tinha-lhe dito "ó pá... isso é o mesmo que queres ir aos almoços dos ex-combatentes do ultramar. Não foste à guerra e então...?"

Há grupos aos quais não se pertence e pronto. Vale a pena moermo-nos com isso? Pois claro que não.




Sobre o vídeo Shakira & Rhianna



«A Shakira [...] tem ar de que se a fechassem numa jaula de pumas safava-se na boa e até fazia família.»



Matematizando sobre loucas e boazonas




Tenho dado conta

de haver algumas pessoas à minha volta que gostam de ficar por cima. Por mim, tudo bem. Não faço questão de ficar por cima, porque não é garantia de maior diversão, nem de um equilíbrio justo entre essa mesma diversão e o gasto de energia. Ou seja, às vezes é uma canseira para muito pouco.

banalidades

Ando há duas semanas a espirrar. Dois espirros seguidos, sempre.
Agora que estou mesmo constipada, são três de uma vez.
Até a espirrar sou certinha... :D

Ora então vamos lá...

Eu já o fiz algumas vezes na minha cabeça, mas ainda não o pus por escrito. E esta é uma forma tão boa como qualquer outra.
2013... O que tenho eu a dizer sobre esse ano que já lá vai?
Que foi bom. Do género "bom porque aconteceram muitas coisas boas?" Não...
2013 deu-me muito pouco do que eu queria, mas acabou por dar-me exatamente o que eu precisava.
Foi o ano que em:
- Descobri que a minha ex-namorada afinal gosta de homens, o que não era propriamente notícia de última hora, mas isso ajudou-me a arrumar o resto da tralha mental que ainda andava por aqui. 

- Internei compulsivamente a minha mãe, que está muito doente, mas que se recusa a ser ajudada e a melhorar. Durante esse processo cresci mais do que no resto do ano e por dentro tive "eurekas" indescritíveis. 

- Fiz a minha primeira grande viagem sozinha e isso deu-me um prazer tremendo. Diverti-me à brava e pensei muito naquela coisa que se diz que chegámos a este mundo sozinhos e sozinhos dele vamos partir. O resto é um extra.

- Tive mais saúde do que pressentia que ia ter. Fui a médicos, fiz exames e estava mais do que boa.

- Comecei o tratamento ortodôntico, um desejo mais ou menos abafado ao longo de décadas. E estou felicíssima com os primeiros resultados. Afinal sorrir é uma das coisas que mais gosto de fazer.

- Entrei pela primeira vez numa piscina. Nunca o tinha feito porque tinha (se calhar ainda tenho) medo de muita água junta, mas consegui ir às aulas com uma assiduidade e consegui divertir-me com aquilo. Ainda não consigo fazer todos os exerícios, não por falta de aptidão física, mas por causa do medo. A seu tempo lá chegarei.

- Continuei a meditar em grupo e a aprofundar o modo de vida budista, que é algo que me faz mais feliz e que me salva nos mais diversos momentos.

- Fiquei em melhor forma física. Perdi mais uns quilos e ganhei massa muscular. E quero agradecer o meu fabuloso rabo novo ao meu professor de hidroginástica.

- Andei apaixonada por uma grande amiga. Fiz quase tudo para lhe conquistar o coração e a mão (literalmente a mão. Casar é a fita que se corta depois de uma maratona). Mas foi em vão. Resta-me a memória de uma das viagens mais felizes que fiz pela Europa (e eu já fiz quase duas dezenas delas) e de meia dúzia de aprendizagens que fiz.

- Sendo que uma delas é a seguinte: vou passar a ter menos espaço na minha vida para as pessoas viciadas em depressões, pessoas que não se dão por terem medo de ficarem a perder, pessoas que acham que querem participar na alegria na vida mas que no fundo apenas querem a energia dos outros para sobreviverem a mais uma semana de trabalho. Não quer isso dizer que vou ter menos espaço para as imperfeições humanas. Au contraire. :) Quero ser ainda mais meiguinha este ano, comigo e com os outros.

- Comecei a trabalhar numa escola diferente. De início, não gostei muito, porque faço mais quilómetros e porque adaptarmo-nos requer energia. Mas acabei por descobrir que é o lugar onde eu preciso de estar, por razões profissionais e pessoais. Às vezes queremos que tudo fique da mesma maneira, que nada mude, mas a vida desinstala-nos. E ainda bem. :)

- Descobri que é possível ser feliz sozinha, sem estarmos apaixonados, sem termos ninguém que nos aqueça os pés e afins. Descobri que há felicidade suficiente no dia a dia, nas pequenas coisas, no encontro com as pessoas. Que o mais importante é termos saúde e construirmos a par e passo a paz interior. E sorrir, sorrir é para lá de importante.

Começado 2014, estou num lugar bem diferente de há um ano. 
A única coisa que peço a 2014 é saúde. O resto faço eu, conforme eu desejar. Não peço uma cara-metade, nem paixões, nem momentos extraordinários, nem coisas inesquecíveis. Quero apenas ter a vitalidade para me sentar durante meia hora por dia no zafu, pernas para caminhar e alegria para me rir das coisas risíveis. E respirar, quero respirar muito em 2014. :)


Dez cidades do best!

Aqui.
E eu tive o prazer de ter estado em sete.
Quero ir a Praga, mas quando a neve desaparecer. Lá para a primavera. :)

a primeira pessoa que às vezes vejo de manhã

tem sido a Kate Perry. Eu acordo com o VH1 e lá calha acordar com esta imagem. Belas pernocas que a rapariga tem.



Há músicas

que me fazem companhia há muito tempo.
Antony and the Johnsons é música de outono definitivamente.  



matching

Ouvi uma vez algures que o sucesso de uma relação amorosa é encontrar alguém com fantasmas e dores que se deem bem com os nossos. 
Este é um assunto que me dá que pensar de há uns anos para cá, porque cada pessoa tem uma certa dose de sofrimento no espírito e uma determinada história de abandonos ou de frustrações emocionais. Aquilo a que comummente se chama de bagagem. Aqui a minha memória traz à tona uma imagem da cultura televisiva, da série "How I met your mother", em que Ted imagina essa bagagem como uma coisa física, vísivel e palpável, que cada um carrega, empurra ou puxa como pode. É uma cena bem engraçada. 

No meu caso pessoal. Eu não tive uma infância fácil e mesmo dito assim é eufemismo. Não estou a falar de contrariedades de princesa. Falo de coisas sérias e graves, que musculadamente tentei ultrapassar das mais variadas formas, e apesar delas tornei-me numa pessoa dócil, pacífica, sensível, conciliadora, capaz de se colocar na pele dos outros e de lhes dar a mão. Resiliência, talvez. E o afeto daqueles que passam por bem na minha vida.

Eu já me apaixonei por dois opostos. 
Por alguém que tinha tido uma história de vida rodeada de afetos, alguém que se sentia inequivocamente amada pelas pessoas que a rodeavam. Nunca senti que essa pessoa tenha entendido verdadeiramente o pequeno inferno de onde vim, preferia até nem perguntar muito.
E já me apaixonei por alguém que como eu foi muito mal amado, no mínimo esquecida num canto da fotografia familiar. À primeira vista, uma pessoa sente uma irmandade fora do comum, uma cumplicidade incrível das frases meio ditas, uma espécie de "tu sabes o que eu quero dizer". 
Mas esta paixão também não me levou a porto seguro. 

Acho que a forma como fomos amados influencia a capacidade de amar e se se sentir amado, mas a relação entre as duas não é tão direta como isso.
Como andamos sempre a tentar fugir do sofrimento, julgo que amar é uma decisão, em última análise. Nós decidimos amar alguém porque achamos que vamos sofrer menos ao pé daquela pessoa, porque achamos que a nossa existência terá um equilíbrio mais justo entre alegrias e dores, sendo que destas últimas sabemos que não podemos escapar. E se passarmos por elas com alguém a dar-nos a mão, não deixamos de as sentir, mas o calor da pele de outra pessoa por perto faz alguma diferença, porque, embora tudo o que nos acontece, acontece somente debaixo do nosso couro cabeludo, temos um sistema nervoso periférico.



under pressure

Infelizmente nos últimos tempos tenho visto alguns amigos e conhecidos meus a irem pela primeira vez, ou depois de muito tempo, a um psiquiatra, de onde saem com o diagnóstico "depressão".
Vinha a pensar nisto hoje e no facto de, ao fim do dia, ser completamente diferente chegar a uma casa com as luzes apagadas e uma em que as luzes já estejam acesas. Não quero com isto dizer que vou começar a engordar mais os lucros da edp durante o dia... You know what I mean...
Por outro lado, mesmo antes da crise chegar já eu tinha o diagnóstico e a receita aviada. Assim não caio tão espalhafatosamente. Infelizmente tem sido a minha rede nos últimos anos e não faço ideia até quando o será, mas cada dia que passa estou mais perto de andar no trapézio livremente.


Quotidiano

Devo ter sido a única portuguesa a não ter visto o jogo da seleção. Tinha tempo, mas não tem piada ver um jogo cujo resultado se sabe à partida. Ou alguém achava que a Fifa ia deixar passar a Suécia? Portugal renderá mais €€€ no Mundial do que a Suécia.

Futebol à parte, hoje pus-me a pensar na formas tão diversas como nós habitamos este planeta. Isto porque ando a ler um livro que foi um sucesso de vendas e que por isso mesmo me custou mais a chegar às mãos. 
"Mil sóis resplandescentes" passa-se no Afeganistão, país sobre o qual eu sabia muito pouco, mas que Khaled Hosseini me tem ajudado a descobrir. Acabei de ler há na semana passada, do mesmo autor, "E as montanhas ecoaram", que comecei apenas por ter a palavra montanhas no título.
O que mais de fascinante têm estes livros é o retrato que fazem das relações entre homens e mulheres e das relações familiares daquela zona da Terra. Há muito mais do que pó e talibãs.
Este "Mil sóis resplandescentes" conta a história de uma rapariga de 15 anos que se casa com um homem na casa dos 40 e de como vai entranto no papel de esposa que se transforma numa mulher diligente, triste, submetida a uma servidão silenciosa e aterrorizada por mostrar, dizer ou fazer algo errado.
Longe de eu ser feminista, há algo de muito interessante em compreender como outras mulheres vivem a sua vida. Mulheres que em vez de irem ao pingo doce comprar pão, levam a massa pronta de casa, enrolada num pano, que cozem no tandoor comunitário. Isto tudo feito com uma visão rendilhada providenciada pela burca, que de resto não se vende na Zara.





ao contrário das folhas outonais

Depois de:
- três fins de semana sem descanso
- três semanas de "comunicação de surdos" (o mercúrio lá saiu da sua posição retrógada no domingo, thank god)
- três semanas down childhood's memory lane
- um funeral
- um erro profissional que nunca tinha cometido e que muito me envergonhou
- uma viagem pela autoestrada à chuva com a violência no banco do lado
- a minha mãe ter sido internada compulsivamente (graças a 5 pessoas a segurarem-lhe as pernas e braços na urgência psiquiátrica)
- ter apagado a minha conta do facebook (até se respira outro ar)
- ter arrumado mais uma vez - à força - a minha vida afetiva (she's not that into me...)
entre outras coisas, paz de espírito é o que se quer. Ou serenidade. Ou sossego. Uma das três serve.


 a Katy Perry a piscar o olho ao pessoal LGBT


música para dançar em casa ao fim do dia

Isto porque estou proibida de ouvir a Emeli Sande. 





conversas fora de horas

Ando há três dias a dizer para mim que tenho de ter uma conversa séria com Deus. Em São Pedro Moel, que é um sítio com boa rede. Uma conversita de pé de orelha, não sei se para falar se para ouvir. Eu até nem sou muito de conversar com Deus. Não padeço da capacidade do Neale Donald Walsh, nem tão pouco da Alexandra Solnado. Geralmente, olho para as árvores e para as pessoas de quem gosto e fica a conversa feita.
Mas há momentos em que isso não chega.
Eis que hoje acordei ainda não eram 5 da manhã, coisa completamente inusitada para mim, que durmo até me deixarem ou até ter a bateria com a carga completa. Acordei com a memória fresca de um sonho extremamente vívido e nítido e com a emoção de gratidão profunda por ter acordado imediatamente do sonho com a lembrança clara da narrativa onírica. Foi um daqueles sonhos que nos deixam em paz com o mundo, que é como quem diz, com os fantasmas. 
Não me vou pôr por aí na rádio a suplicar ao estilo do Abrunhosa "Quem me leva os meus fantasmas?" porque os fantasmas já se foram e ficou o espaço vazio deixado por eles, como se fosse uma marca que deixamos num sofá, por termos estado muito tempo nele. 
Explicam os senhores da física, muito melhor do que eu, que o espaço e o tempo são capazes de ser a mesma coisa e o vazio é uma "anormalidade" da matéria, e, isto digo eu, sobretudo do espírito. Se eu já tivesse chegado ao nirvana, ao estado de iluminação budista, diria que o vazio (shunyata) é outra coisa, o estado de total espaciosidade em que as nossas ilusões se diluem.
Mas o vazio para um comum mortal é uma grande chatice, to say the least.
Voltando à parte em que Deus falou comigo, e pelo amor do mesmo não me internem já que eu tenho de ensinar português e inglês a mais de cem crianças (and still damn good at it!), entre outros afazeres e projetos que vou descobrir entretanto, que tenho de descobrir entretanto. Pois que acordei do sonho com a sensação de que Alguém me tinha dito algo valioso, que funciona como uma espécie de boost para o Caminho.
Levantei-me, vim até à sala e puxei do meu cadernito preto. Toquei o último single dos Coldplay em loop e escrevi três páginas. Fumei dois cigarros, bebi um iorgute líquido, deitei-me e adormeci outra vez.
Atlas, dos Colplay, porque carregar o peso não é uma coisa obrigatória.





Conchinha

Agora que as noites ficam mais frias, aqui fica um vídeo educativo que explica como fazer conchinha na hora do ó ó.
Se estiverem na mesma situação que eu - ou seja não têm com quem fazer conchinha -, esqueçam as notas mentais. Pelo menos dá para rir/sorrir, conforme a chuva que caia por dentro.




“I’ve had a lot of trouble in my life—most of which never happened.” - Mark Twain

Apontamentos soltos

#1
Estou a sentir-me apertadinha :D

#2
Ser "shopinha de massha" pode ser uma coisa adorável :D


Quase um mês depois


Como hoje comecei uma nova fase da minha vida (comecei uma correção ortodôntica) e mal consigo falar, pelo menos escrever acho que ainda consigo, apesar de não ter escrito grande coisa nas últimas semanas. 
Foi tudo muito sentido por dentro, todas as emoções vividas ao rubro, mas não me apeteceu colocar nada no papel. 
Desenhei mais do que escrevi. Descobri um hobby novo. Acho que vou começar a rabiscar e, apesar de não ter grande jeito, é como em tudo na vida: é preciso é convicção. :)

Londres foi para lá de bom! E eu a pensar que Paris era uma cidade bonita e charmosa... Paris é uma mulher díficil de conquistar, mas Londres é uma cidade em que a partir do momento em que pomos o pé nas suas ruas nos sentimos parte dela. Não se faz de esquisita e tem sentido de humor. 
Senti-me tão à vontade em Londres e devia estar com um ar tão londoner que me perguntaram por direções três vezes.
Neste momento, é a minha cidade preferida e vou voltar com toda a certeza, até porque fazer compras em Camden é do melhor. :) Encontrei umas japa malas por uma pechincha e comprei duas malas lindas de morrer. E uns lenços, e mais umas coisinhas giras. :)
Tate Modern: incontornável! A National Gallery tem uma coleção impressionante e ver os Van Goghs ao vivo é sempre uma emoção, mas a Tate Modern sacia os meus desejos por arte conceptual. 
A cidade toda no seu conjunto é uma maravilha de organização e civilização. Ainda dei por mim a pensar "como é que eu posso vir morar para aqui?".
Além do mais, passar do Hyde Park para o parque cá da minha pequena cidade não tem piada nenhuma.

Este verão foi de mais de cidades do que o normal. 
Fui à cidade berço do país, que vergonhosamente não conhecia e que me encantou. Guimarães é cheia de pinta.
Antes disso passei pela cidade portuguesa onde tenho mais amigos por metro quadrado e que infelizmente fica a 180 quilómetros. Valha-me o IP3.
E ainda fui dar um pulinho a Bruxelas, com passagem pela Torre Eiffel. Sim... a banda sonora da Amélie Poulain estava a tocar na minha cabeça.
 
A propósito de distâncias, isto da crise tem de acabar de vez. 
Por causa das reduções dos salários? Por este ano eu ter de gastar mais 50 euros por mês para me deslocar para o trabalho? Por causa do desemprego e da fome e pobreza que se instalou lamentavelmente na casa de muitas pessoas? Por causa disso e de tudo mais. Mas porque isto de ter uma das pessoas mais importantes para mim, de quem mais gosto e preciso (lá se vai o meu "desapego budista"...) a 2000 quilómetros não é nada fácil.

Enfim... Agora vou ali aprender a articular alguns dos sons do alfabeto porque estou um bocado sopinha de massa. Mas a Laranja tem os dentes tortos? Tem, mesmo não sendo um caso de fealdade extrema, porque estou cada vez mais jeitosa e nunca me senti tão bem na minha pele como agora, foi uma coisa que decidi: chegar aos 40 anos com um sorriso ainda mais bonito, já que eu adoro sorrir e faço-o com muita frequência.
Portanto, um sorriso rasgado para vocês. :D








Gosto de roadtrips e já fiz mais de quarenta mil quilómetros a viajar pela estrada fora, pela Europa. Desde os 23 anos que o faço e continuo a adorar aquela sensação de entrar numa estação de serviço de madrugada ou de manhã cedo a pensar que língua é que tenho de falar com a pessoa que tenho pela frente. É qualquer coisa que me faz feliz. 
O sítio mais distante: Budapeste. Viagem memorável, by the way. :) 
O sítio mais bonito: Paris.

Andar de comboio é qualquer coisa de extraordinário. A cadência, as sensações todas da ferrovia a inércia das curvas, os sons. Como eu entendo o Paul Theroux que cruzou uma boa parte do mundo de comboio e fez-nos o favor de escrever sobre isso.

Mas o avião... Prefiro o comboio, é certo, mas o avião fascina-me. A descolagem, a aterragem, as curvas no ar! Quando as rotações começam a aumentar, há quem se benza, há quem pegue num amuleto, há quem pense em mil coisas. Eu costumo dizer: entreguem-se às sensações. Às vezes é o melhor que temos a fazer. :)